quarta-feira, 21 de julho de 2010

Arrumado





















Desfeito o trato
arrumo no prato
o alimento
me ponho à espreita;
a fome que aparece
é aquela panorâmica
do abraço, do olhar,
da cumplicidade
integralmente aceita.

É difícil estalar os dedos
tirar a venda
e se ver só
nenhum espelho
para mostrar a fantasia
nenhum ombro
para acolher a melancolia
e oferecer um bálsamo
para a dor.

Refeita para novos contratos
abro o desfecho
com seus possíveis
encontros e estréias
porém, envolvida
pelos laços do amor,
dessa vez
não quero mais me perder.


Autoria: Malu Vieira

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