domingo, 15 de agosto de 2010

Soneto das Palavras






















Palavras errantes, marginais
instalam processos desiguais,
rasgam veias novas a sangrar,
abrem sótãos a dissimular

meros desalentos pessoais,
fingindo ser consensuais;
destróem caminhos sem parar;
velhacas, tentam intimidar.

Palavras: só cortes vicinais;
destilam preces, também amores;
resumem fichas e vão falhar;

endeusam, apedrejam mortais;
recontam muitas vezes, favores
que antecedem desejos de amar.

Autoria: Malu Vieira

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